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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Câncer de pulmão e tabagismo: duas faces de um panorama sombrio


Confira esta matéria especial que a Nuclearmed preparou para o Dia de Combate ao Fumo que foi marcado nesta quarta-feira (29 de agosto):

Na maioria das vezes em que são diagnosticados, os casos de câncer de pulmão já se encontram em um estágio avançado.  Cerca de 90% dos portadores são fumantes, fato que dificulta a identificação do principal sintoma que caracteriza o tumor: a tosse, bastante comum aos usuários do tabaco.

Segundo a especialista da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT),  Dra. Ilka Lopes Santoro, a tosse varia pouco de um paciente que sofre de doença pulmonar obstrutiva crônica, DPOC, para outro com câncer de pulmão.

“São mudanças sutis, que o paciente demora a reconhecer”, assegura.

A dificuldade de acesso ao serviço de saúde é outro fator que prejudica o diagnóstico. De acordo com a Dra. Ilka, são poucos os médicos especialistas em Unidades Básicas de Saúde. “Às vezes, os sintomas não são reconhecidos como sendo de câncer pulmonar, assim, o diagnóstico é postergado”.

Relação causa-efeito

Não há dúvidas de que o fumo é o maior causador das doenças pulmonares obstrutivas crônicas e dos cânceres de pulmão. São mais de 4700 substâncias compondo um único cigarro de tabaco, com destaque para a nicotina, que causa a dependência química.

O número de mulheres com câncer de pulmão – grande parte devido ao tabagismo – também preocupa o ministério da Saúde. Segundo informações recentes da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), as vítimas do sexo feminino têm superado as do sexo masculino já há algum tempo. Estima-se que, nas últimas duas décadas, houve um aumento de 50% entre os homens e de mais de 120% entre as mulheres.

A dra. Ilka alerta que o tabagismo é uma doença e deve ser encarado como tal. Ela destaca a importância das campanhas antitabaco e das leis contra o fumo como medidas de controle preventivo. No Brasil, aliás, algumas medidas importantes têm sido tomadas. Hoje, por exemplo, tramita um projeto de lei, em Brasília, que proíbe o fumo em ambientes fechados.

“Há também o aumento do número de programas antitabagismo, nos quais o indivíduo é orientado sobre como lutar contra a dependência” comenta.

Além dessas medidas de controle dos índices tabagismo, o aconselhamento e incentivo por parte dos médicos e familiares são fundamentais para ajudar os fumantes no combate ao vício e na prevenção do câncer.

“O indivíduo pára de fumar, em primeiro lugar, por uma conscientização muito grande de que o hábito faz mal. Porém, não raramente pode necessitar de um excelente apoio, tanto familiar quanto médico, associado a um tratamento psicológico e com medidas medicamentosas”, explica a Dra. Ilka.

 Para a especialista, não existe um só fator que ajude os dependentes a parar de fumar, mas um conjunto deles. “Deve haver medidas sócio-educativas, aconselhamento, apoio médico, medicação correta e limitações de locais permitidos para o tabaco, por exemplo”.

Todos sabem que não há uma fórmula mágica para parar de fumar, mas existem várias etapas no processo de abandono do vício, que só podem ser concluídas com força de vontade e um bom acompanhamento médico.

Fonte: Sociedade Paulista de Pneumologia

domingo, 26 de agosto de 2012

Exames de Medicina Nuclear auxiliam diagnósticos de Cardiologia


Confira na íntegra matéria que vai ser publicada nesta semana no Jornal da Manhã com contribuição do cardiologista Dr. André De Luca:

    Os exames realizados pela Medicina Nuclear na Nuclearmed permitem a visualização de órgãos em seu aspecto funcional, aplicando uma pequena dose de um radiotraçador que é levado ao local específico através de suas propriedades químicas e biológicas. Os procedimentos são seguros e com exposição radiológica igual ou menor aos demais métodos de diagnóstico que envolve radiação com raios-X.
    Atualmente médicos de especialidades como Cardiologia (coração), Oncologia (tumor e metástase), Nefrologia/Urologia (rins e bexiga), Neurologia (cérebro e medula), Endocrinologia (tireóide) Ortopedia/Traumatologia (ossos, articulações e próteses), dentre outras, são os que mais utilizam os exames de diagnóstico por imagem da Medicina Nuclear.
    Desde o último mês, com a instalação de uma nova máquina, a Nuclearmed ratificou Criciúma ainda mais como referência na saúde. Através do SPECT/CT, o primeiro equipamento híbrido multipropósito do Estado, fornece informações funcionais e anatômicas dos órgãos do corpo humano ao mesmo tempo (“exame dois em um”). O SPECT/CT de uma só vez identifica e quantifica a alteração do funcionamento celular e demilitando de forma específica a localização da anomalia.

CINTILOGRAFIA MIOCARDICA – O brilho que vem do coração*
*Dr. André De Luca dos Santos
     A Cintilografia Miocárdica é um exame realizado através da injeção de material radioativo, especifico para uso médico, que quando combinado a um agente químico, possui a capacidade de ligar-se temporariamente ao músculo cardíaco emitindo um brilho que é captado por uma máquina, chamada câmara de cintilação (diferentemente do que acontece em uma máquina de Raios – X, por exemplo, onde a radiação é emitida pelo aparelho). O exame permite identificar alterações da perfusão sanguínea miocárdica (irrigação das paredes do coração), sendo que a principal causa de déficit de suprimento sanguíneo é a aterosclerose (placas de gordura nas artérias do coração). Dessa forma, pode diferenciar entre um entupimento parcial das artérias do coração, que cause falta de circulação em uma região delimitada (isquemia) ou identificar uma área onde já não há mais circulação, como no caso de um infarto antigo do coração, onde há a formação de uma cicatriz (também chamada de fibrose). São realizados protocolos para estudo da perfusão do miocárdio com estresse físico (Teste Ergométrico) ou farmacológico em comparação com a perfusão em condições basais (repouso). Ambas as modalidades de estresse (físico e farmacológico) possuem sensibilidade e especificidade semelhantes, ou seja, a mesma capacidade de excluir ou confirmar a presença de isquemia miocárdica (falta de circulação nas paredes do coração). A vantagem do Teste Ergométrico está em fornecer informações extras sobre o desempenho cardíaco, por este motivo deverá sempre ser preferido, porém as pessoas que por alguma razão não puderem ser submetidas à prova de esforço (limitação ortopédica, idosos sedentários, obesos graves, doenças pulmonares limitantes) não terão prejuízo em relação ao diagnostico de isquemia. O exame poderá ser realizado no chamado protocolo de um dia, onde as etapas de repouso e estresse ocorrerão no mesmo dia, ou então, no protocolo de dois dias (como diz o nome, as etapas de repouso e estresse são realizadas em dias distintos), sendo que este último protocolo é preferido, pois pelo maior tempo disponível, apresenta uma melhor qualidade nas imagens obtidas. O exame tem um papel bem estabelecido dentro do arsenal de exames cardiológicos, sendo que suas principais finalidades são: diagnóstica (identificar ou excluir problemas), acompanhamento evolutivo (após uma cirurgia de revascularização ou uma angioplastia, por exemplo) e estratificação de risco e prognóstico. Esta última em particular é de grande importância, pois já é um conceito estabelecido através de vários estudos estatísticos que diante de um exame normal, a probabilidade de uma pessoa vir a apresentar eventos cardíacos (infarto ou morte por causa cardíaca) em um ano é menor do que 1% na população geral e que mesmo os pacientes que já possuem doença coronariana conhecida, com um exame normal, a probabilidade de complicações é de aproximadamente 2,1% ao ano. O oposto também é verdadeiro, ou seja, quanto mais extensos e intensos forem os defeitos de perfusão, maior a chance de esta pessoa apresentar um infarto ou morte por causa cardíaca.
Sexo feminino
    Apesar das mulheres serem melhores do que os homens em quase tudo, infelizmente quando o assunto é coração elas são sim o sexo frágil. Não estou falando do ponto de vista emocional, mas em relação à doença cardiovascular. Por muitas décadas, havia o conceito de que infarto do coração era uma doença relacionada ao sexo masculino. Hoje se sabe que as mulheres também são suscetíveis ao desenvolvimento de doença arterial coronariana (DAC), porém 10 a 15 anos mais tarde em relação à população masculina. Uma vez diagnosticada, a DAC tem prognostico pior na mulher comparado ao homem. Após infarto do miocárdio, a mortalidade no primeiro ano é maior no sexo feminino, em relação ao masculino (38% e 25% respectivamente). Outra característica da doença cardiovascular no sexo feminino é a difícil caracterização dos sintomas. Diferente dos homens, nas mulheres é comum encontrarmos sintomas atípicos, infartos com pouca dor ou nenhuma dor, especialmente em idosas e diabéticas. Durante a investigação para DAC em mulheres, frequentemente utilizamos o Teste Ergométrico como uma boa ferramenta de triagem. Porém, devido à influência de hormônios femininos, ocasionalmente encontramos alterações no eletrocardiograma, tanto no de repouso quanto no de esforço, que podem ser interpretadas de maneira equivocada como “sugestivas de isquemia”; são os chamados exames “falso-positivos” (especialmente em mulheres em idade fértil, que possuem uma baixa incidência de doença coronariana). Para solucionar este problema, os cardiologistas, já cientes deste fato, frequentemente lançam mão de exames de imagem, como o Ecocardiograma com stress Farmacológico ou a Cintilografia Miocárdica com stress físico ou farmacológico.  A Cintilografia Miocárdica aumenta a precisão diagnóstica do teste ergométrico para ambos os sexos, sendo útil para identificar especialmente os casos de mulheres com testes “falsamente positivos”.
Referência: Medicina Nuclear: da metodologia à clínica/ Editoras Annelise Fisher Thom, Paola Emanuela Poggio Smanio – São Paulo, Atheneu, 2007.

Cardiologistas da NuclearMed
Dr. André De Luca dos Santos – CRM-SC 11.807.
Cardiologista – título de especialista pela  Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)                                                    Pós-graduado em Arritmologia Clínica – InCor –USP.  Habilitação em Arritmologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)                             

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Novos Radiofármacos para Medicina Nuclear são discutidos na ANVISA


Os doutores Celso Darío Ramos, presidente da SBMN, e Jair Mengatti, diretor da SBMN e do IPEN, reuniram-se na sede da ANVISA com Laura Castanheira e Emanuela Vieira, da Gerência Geral de Medicamentos da ANVISA (GGMED), para discutir a melhor maneira de obter autorização para uso de novos radiofármacos em humanos, seguindo as normas da ANVISA, iniciando pelo DOTATE-68Ga para detecção de tumores neuroendócrinos com PET. A reunião em Brasília foi promissora e as representantes da ANVISA se propuseram a contribuir para que o processo ocorra no menor prazo possível. Na foto, Laura Castanheira, Celso Darío Ramos e Jair Mengatti. 

Fonte: SBMN

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Simpósio de radiologia clínica mobiliza acadêmicos de medicina

A Liga Acadêmica de Radiologia de Rondônia (Larro) realiza no dia 15 deste mês (quarta-feira), às 19h, no auditório do Cremero (Conselho de Medicina de Rondônia), o I Simpósio de Radiologia Clínica, que faz parte da aula inaugural da Liga. As inscrições podem ser feitas no Departamento de Extensão da Faculdade São Lucas. O simpósio terá palestras sobre “Medicina Nuclear: Cardiologia e Oncologia” (Dr. Carlos Borelli), “Anatomia do Tórax e Doenças Respiratórias” (Dr. Samuel Castiel), “Trauma Abdominal” (Dr. Spencer Vaiciunas) e “AVC Hemorrágico e Isquêmico” (Dr. Jezreel Correa).

Fonte: NUC

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

XXVI Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear acontece em outubro


Entre 11 e 14 de outubro de 2012, no Hotel Pestana, em Salvador (BA), a SBMN promove a vigésima sexta edição de seu congresso, realizado a cada dois anos nas mais diferentes cidades do país. Espera-se a participação de 500 profissionais da saúde de todo país, entre médicos nucleares e de outras especialidades, biomédicos, tecnólogos, biólogos, físicos, farmacêuticos, químicos e outros profissionais da saúde, que assistirão palestras, simpósios e mesas-redondas sobre pesquisas, avanços tecnológicos, radiofármacos, proteção radiológica, exame PET/CT, diagnóstico e tratamento de doenças através da Medicina Nuclear. 
Durante o Congresso, no dia 12 de outubro, às 17h30, será realizada Assembleia Geral Ordinária para discutir assuntos de interesse da Sociedade e da especialidade. Informações no site www.sbbmn.org.br/congresso.

Fonte: SBMN

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Colunista do Jornal da Manhã publica nota sobre médico da Nuclearmed


Jornalista e colunista do Jornal da Manhã, Juan Garcia, publicou importante informação sobre diretor administrativo da Nuclearmed. Confira:


Livro médico

O livro mais popular de consulta rápida para os médicos em todo o país ganha a participação do Dr. Marcos Domingos Rocha, da Nuclearmed de Criciúma. Desenvolvido pela editora Artmed, o 'Clínica médica' abrange o capítulo de Medicina Nuclear escrito pelo profissional criciumense.

Matéria sobre Tireóide é publicada no Caderno de Saúde do Jornal da Manhã


Medicina Nuclear auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças da tireóide

A tireóide é uma glândula que usa iodo para produzir os hormônios que regulam o metabolismo das células controlando a função de praticamente todo tipo de tecido no corpo humano.

Cerca de 10% dos indivíduos acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tireóide. Essas alterações podem ser inflamação (tireóidite), aumento da função (hipertireoidismo), diminuição da função (hipotireoidismo) ou até o câncer.

O hipertireoidismo resulta na produção em excesso dos hormônios da tireóide, situação que exacerba a função do sistema nervoso simpático, causando uma variedade de manifestações clínicas como taquicardia, perda de peso, nervosismo e tremores.

No hipotireoidismo, em contrapartida, há uma condição em que a glândula passa a produzir menos hormônios do que deveria. Suas causas são a inflamação (tireoidite), predisposição genética e deficiência de iodo na alimentação.

Em relação ao câncer da tireóide, pesquisas mostram que desde o início dos anos 2000 a incidência de nódulos (caroços) nessa glândula aumentou cerca 10%. Atualmente 6 em cada 10 pessoas (60%) tem ou terão nódulos nesta região em algum momento da vida, sendo 5 a 10% deles serão malignos.

A redução no número de óbitos e aumento da qualidade de vida dos pacientes com essas doenças da tireóide vêm ocorrendo principalmente pela contribuição da Medicina Nuclear que participa no diagnóstico, tratamento e acompanhamento da resposta ao tratamento das anomalias.

A Medicina Nuclear aplica mínimas doses de iodo radioativo, em quantidade controlada e precisa, que entra apenas nas células da tireóide formando imagem específica deste orgão além de calcular precisamente seu grau de função. Doses elevadas de iodo radioativo com fins terapêuticos (radioiodoterapia) são utilizadas  para eliminar os nódulos ou tumor sem a necessidade de cortes ou anestesia. Há situações em que se aplica doses terapêuticas menores com a finalidade de apenas diminuir a função, como para o tratamento do hipertireoidismo.

“O exame de Cintilografia da tireóide avalia função, captação e mostra a estrutura da glândula. Através da Medicina Nuclear conseguimos identificar alterações anteriormente ao problema se tornar visível em outros exames de diagnóstico”, comenta Marcos Domingos Rocha, médico nuclearista da Nuclearmed de Criciúma.

A radioiodoterapia é um tratamento definitivo, necessitando na grande maioria dos casos de apenas uma dose. O tratamento é bastante seguro e tranquilo. Após um preparo que dura de 1 a 4 semanas e que inclui uma dieta especial e a suspensão de alguns remédios, que atrapalhariam a absorção do iodo, o paciente recebe por via oral o iodo radioativo. O líquido não tem cor, cheiro ou gosto, tão pouco causa ardência, dor ou qualquer outro sintoma na hora da administração.

O paciente pode sentir o pescoço inchado como reação normal do organismo e recebe um antiinflamatório comum para evitar tal sintoma. Não há queda de cabelo nem infertilidade. No caso de necessidade de doses mais altas o paciente deve permanecer internado num quarto especial até a radiação baixar. Esse período costuma ser de 24 a 48h.

Exame de SPECT/CT e Quarto Terapêutico

Os exames de Medicina Nuclear para Endocrinologia podem ser realizados num equipamento de imagem híbrida (foto 1) chamado de SPECT/CT a fim de atingir o máximo de precisão do diagnóstico.

       A nova máquina, única em Santa Catarina, já realiza exames na clínica Nuclearmed em Criciúma.  “O SPECT/CT identifica e quantifica a alteração do funcionamento celular e delimita de forma precisa a localização dessa alteração não só na tireóide como em outros órgãos”, diz Marcos Domingos Rocha, médico especialista em Medicina Nuclear.

QUADRO INDICAÇÕES

    - Avaliação funcional da glândula tireóidea (hiper e hipotireoidismo)
    - Determinação do “status” funcional de nódulos tireoidianos
    - Localização de tecido tireoidiano ectópico (como cisto tireoglosso)
    - Avaliação de massas cervicais ou retroesternais
   - Investigação etiológica de quadros de tireotoxicose (geralmente por bócio difuso tóxico, bócio nodular tóxico e tireoidite subaguda)
    - Planejamento terapêutico
    - Radioiodoterapia para câncer e hipertireoidismo