Confira esta matéria especial que a Nuclearmed preparou para o Dia de Combate ao Fumo que foi marcado nesta quarta-feira (29 de agosto):
Segundo a especialista da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dra. Ilka Lopes Santoro, a tosse varia pouco de um paciente que sofre de doença pulmonar obstrutiva crônica, DPOC, para outro com câncer de pulmão.
“São mudanças sutis, que o paciente demora a reconhecer”, assegura.
A dificuldade de acesso ao serviço de saúde é outro fator que prejudica o diagnóstico. De acordo com a Dra. Ilka, são poucos os médicos especialistas em Unidades Básicas de Saúde. “Às vezes, os sintomas não são reconhecidos como sendo de câncer pulmonar, assim, o diagnóstico é postergado”.
Relação causa-efeito
Não há dúvidas de que o fumo é o maior causador das doenças pulmonares obstrutivas crônicas e dos cânceres de pulmão. São mais de 4700 substâncias compondo um único cigarro de tabaco, com destaque para a nicotina, que causa a dependência química.
O número de mulheres com câncer de pulmão – grande parte devido ao tabagismo – também preocupa o ministério da Saúde. Segundo informações recentes da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), as vítimas do sexo feminino têm superado as do sexo masculino já há algum tempo. Estima-se que, nas últimas duas décadas, houve um aumento de 50% entre os homens e de mais de 120% entre as mulheres.
A dra. Ilka alerta que o tabagismo é uma doença e deve ser encarado como tal. Ela destaca a importância das campanhas antitabaco e das leis contra o fumo como medidas de controle preventivo. No Brasil, aliás, algumas medidas importantes têm sido tomadas. Hoje, por exemplo, tramita um projeto de lei, em Brasília, que proíbe o fumo em ambientes fechados.
“Há também o aumento do número de programas antitabagismo, nos quais o indivíduo é orientado sobre como lutar contra a dependência” comenta.
Além dessas medidas de controle dos índices tabagismo, o aconselhamento e incentivo por parte dos médicos e familiares são fundamentais para ajudar os fumantes no combate ao vício e na prevenção do câncer.
“O indivíduo pára de fumar, em primeiro lugar, por uma conscientização muito grande de que o hábito faz mal. Porém, não raramente pode necessitar de um excelente apoio, tanto familiar quanto médico, associado a um tratamento psicológico e com medidas medicamentosas”, explica a Dra. Ilka.
Para a especialista, não existe um só fator que ajude os dependentes a parar de fumar, mas um conjunto deles. “Deve haver medidas sócio-educativas, aconselhamento, apoio médico, medicação correta e limitações de locais permitidos para o tabaco, por exemplo”.
Todos sabem que não há uma fórmula mágica para parar de fumar, mas existem várias etapas no processo de abandono do vício, que só podem ser concluídas com força de vontade e um bom acompanhamento médico.
Fonte: Sociedade Paulista de Pneumologia
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