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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Matéria sobre Tireóide é publicada no Caderno de Saúde do Jornal da Manhã


Medicina Nuclear auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças da tireóide

A tireóide é uma glândula que usa iodo para produzir os hormônios que regulam o metabolismo das células controlando a função de praticamente todo tipo de tecido no corpo humano.

Cerca de 10% dos indivíduos acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tireóide. Essas alterações podem ser inflamação (tireóidite), aumento da função (hipertireoidismo), diminuição da função (hipotireoidismo) ou até o câncer.

O hipertireoidismo resulta na produção em excesso dos hormônios da tireóide, situação que exacerba a função do sistema nervoso simpático, causando uma variedade de manifestações clínicas como taquicardia, perda de peso, nervosismo e tremores.

No hipotireoidismo, em contrapartida, há uma condição em que a glândula passa a produzir menos hormônios do que deveria. Suas causas são a inflamação (tireoidite), predisposição genética e deficiência de iodo na alimentação.

Em relação ao câncer da tireóide, pesquisas mostram que desde o início dos anos 2000 a incidência de nódulos (caroços) nessa glândula aumentou cerca 10%. Atualmente 6 em cada 10 pessoas (60%) tem ou terão nódulos nesta região em algum momento da vida, sendo 5 a 10% deles serão malignos.

A redução no número de óbitos e aumento da qualidade de vida dos pacientes com essas doenças da tireóide vêm ocorrendo principalmente pela contribuição da Medicina Nuclear que participa no diagnóstico, tratamento e acompanhamento da resposta ao tratamento das anomalias.

A Medicina Nuclear aplica mínimas doses de iodo radioativo, em quantidade controlada e precisa, que entra apenas nas células da tireóide formando imagem específica deste orgão além de calcular precisamente seu grau de função. Doses elevadas de iodo radioativo com fins terapêuticos (radioiodoterapia) são utilizadas  para eliminar os nódulos ou tumor sem a necessidade de cortes ou anestesia. Há situações em que se aplica doses terapêuticas menores com a finalidade de apenas diminuir a função, como para o tratamento do hipertireoidismo.

“O exame de Cintilografia da tireóide avalia função, captação e mostra a estrutura da glândula. Através da Medicina Nuclear conseguimos identificar alterações anteriormente ao problema se tornar visível em outros exames de diagnóstico”, comenta Marcos Domingos Rocha, médico nuclearista da Nuclearmed de Criciúma.

A radioiodoterapia é um tratamento definitivo, necessitando na grande maioria dos casos de apenas uma dose. O tratamento é bastante seguro e tranquilo. Após um preparo que dura de 1 a 4 semanas e que inclui uma dieta especial e a suspensão de alguns remédios, que atrapalhariam a absorção do iodo, o paciente recebe por via oral o iodo radioativo. O líquido não tem cor, cheiro ou gosto, tão pouco causa ardência, dor ou qualquer outro sintoma na hora da administração.

O paciente pode sentir o pescoço inchado como reação normal do organismo e recebe um antiinflamatório comum para evitar tal sintoma. Não há queda de cabelo nem infertilidade. No caso de necessidade de doses mais altas o paciente deve permanecer internado num quarto especial até a radiação baixar. Esse período costuma ser de 24 a 48h.

Exame de SPECT/CT e Quarto Terapêutico

Os exames de Medicina Nuclear para Endocrinologia podem ser realizados num equipamento de imagem híbrida (foto 1) chamado de SPECT/CT a fim de atingir o máximo de precisão do diagnóstico.

       A nova máquina, única em Santa Catarina, já realiza exames na clínica Nuclearmed em Criciúma.  “O SPECT/CT identifica e quantifica a alteração do funcionamento celular e delimita de forma precisa a localização dessa alteração não só na tireóide como em outros órgãos”, diz Marcos Domingos Rocha, médico especialista em Medicina Nuclear.

QUADRO INDICAÇÕES

    - Avaliação funcional da glândula tireóidea (hiper e hipotireoidismo)
    - Determinação do “status” funcional de nódulos tireoidianos
    - Localização de tecido tireoidiano ectópico (como cisto tireoglosso)
    - Avaliação de massas cervicais ou retroesternais
   - Investigação etiológica de quadros de tireotoxicose (geralmente por bócio difuso tóxico, bócio nodular tóxico e tireoidite subaguda)
    - Planejamento terapêutico
    - Radioiodoterapia para câncer e hipertireoidismo 

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